6 Importantes Considerações Sobre o Uso de Elásticos de Classe III
6 Importantes Considerações Sobre o Uso de Elásticos de Classe III
I. São definidos como elásticos intermaxilares ( geralmente utilizado o 3/16" ) inseridos do gancho do braquete do canino inferior ao gancho do tubo do 1º molar superior e devem liberar, em média, 250gr/F de cada lado (força medida no tensiômetro).
Podem ser instalados em mecânicas com aparelhos fixos, com alinhadores estéticos, miniplacas e outros dispositivos.
II. A principal indicação é o tratamento da maloclusão de Classe III de etiologia dentoalveolar de pequena severidade, porém, também podem ser utilizados como recursos auxiliares de ancoragem em casos de retrações inferiores.
Neste caso, utiliza-se o elástico ( 1/8" ) do gancho do 2º molar superior até o braquete do 2º pré-molar inferior.
III. Assim como todos os elásticos intermaxilares, os elásticos de Classe III apresentam vetores de força no sentido horizontal, vertical e transversal e o seu uso prolongado poderá produzir efeitos indesejáveis nos dentes de suporte, quando não utilizados conjuntamente a dispositivos de ancoragem. Por exemplo:
- Dentes superiores: Mesialização, extrusão, giroversão (para mesial) e lingualização das coroas dos 1º molares.
- Dentes inferiores: Distalização, extrusão, giroversão (para distal) e lingualização das coroas dos caninos.
- Plano oclusal: Rotação anti-horária.
- Plano facial: Pressionada pela extrusão dos molares superiores, a mandíbula gira no sentido horário levando o mento para baixo e para trás, aumentando desta forma, a altura facial ântero-inferior (AFAI) em até 70%.
IV. É contraindicado o uso de elásticos de Classe III em pacientes com mordida aberta esquelética ou tendência a crescimento hiperdivergente (dolicofaciais).
V. Importante lembrar que a direção dos vetores de força gerado por estes elásticos passará distante do centro de resistência dos dentes de apoio.
Assim, deve-se analisar individualmente cada caso e selecionar os recursos clínicos de ancoragem mais eficientes para minimizar esses efeitos colaterais, como arcos transpalatinos superiores ou minimplantes ortodônticos.
VI. Quanto maior a disposição horizontal do elástico, maior será a correção sagital promovida nos arcos.
Por exemplo, quando apoiamos os elásticos sobre as coroas dos 2º molares superiores e em ganchos voltados para oclusal, na região dos caninos.
Por outro lado, quanto mais vertical eles ficarem, menor o poder de correção da Classe III e maior os efeitos extrusivos sobre os dentes de apoio.
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MSc. Giovanni de Carvalho